sábado, 21 de julho de 2012

Você nasceu pra ser espinho e eu cicatriz

O que é o amor? O que é amar?
Este amor  feliz, saudável, mútuo e sincero que tantos falam eu desconheço. O amor que deveria ser uma via de mão única, onde os dois caminham lado a lado em busca do mesmo ideal eu não vivi. 
O único amor que conheci, foi um amor cheio de vírgulas e traições, doentio, cruel,  que me corrói por dentro, que dilacera cada milimetro do meu corpo, que me destrói, que me dá vontade de morrer e de matar.
E dói, como a dor de um câncer em estado terminal amar sozinho, idealizar um futuro sozinho,  lutar contra os maiores monstros e ver que nada disso é o suficiente para receber pelo menos a sinceridade do outro.
Amei e não recebi amor de volta... mas e o amor? O amor é isso, é se doar de corpo e alma sem esperar receber o mesmo, por mais que nosso subconsciente sempre espere mais até do que somos capaz de oferecer. 
Amor é querer paz pra seguir em frente, ver o outro feliz mesmo que não seja ao seu lado e continuar amando-o e querendo seu bem. 
Amar, é você se jogar de um despenhadeiro na confiança de que o outro esteja lá embaixo pra te segurar e  se ele não estiver, se jogar várias outras vezes dando-o uma nova chance para te ter nos braços e nunca se arrepender se você se der com a cara no chão todas as vezes adquirindo cada vez mais fraturas.
Amar é você gritar, com toda sua força até não sentir mais ar em seus pulmões, é esbravejar pro mundo ouvir que  mesmo toda dor, que mesmo toda lágrima derramada não foi e nunca será o suficiente pra diminuir esse sentimento que insiste em não ir embora. E não, eu não quero que ele se vá!